
ALUCINAÇÃO DE CHICO TRIPA >
Fiz este livrete em cordel com base em um pé inchado que residia no Mercado da Quarenta em Parnaíba - Piauí. Observação: No Estado do Piauí quem é alcoólica é chamado de "PÉ INCHADO", enquanto que no Estado do Ceará, é chamado de "PAPUDINHO".
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Pascoal Rodrigues de Mesquita (Pasromes), filho natural de Santa Quitéria, Estado do Ceará - Brasil, sempre divulgando a cultura através de: vídeos, fotos, músicas e a escrita, inclusive faz parte de vários sites na internet. Obras do autor já lançada: 1 - As Ideias de Pasromes Críticas e Sugestões (crônica), em 26/10/2011; 2 - O Jumentinho Desprezado (literatura de cordel), em 20/04/2012. Breve a ser lançada: 1 - A Vida de Zé Aventura do Ceará (romance); 2 - Doutrina de Pasromes (doutrina e história religiosa - crônica); 3 - O Jogo do Bicho (a onde surgiu, quem foi o inventor, porque foi inventado, quando foi proibido, curiosidade, comentário à favor da legalização, e porque é a favor, contém todas 10.000 milhares do jogo, e inclusive fotos coloridas dos vinte e cinco bichos).
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ALUCINAÇÃO DE CHICO TRIPA
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Chico Tripa seu trabalho era de fazer mandado,
Às vezes vendia sobra de peixe no mercado,
Ou bucho e tripa conforme determinado,
Sua companheira era a cachaça quando acordado,
Do amanhecer ao anoitecer sempre embriagado,
Se alguém o reclamasse ele era malcreiado,
Ele dizia não é da conta de nenhum seu safado,
Esrava bebendo as suas custas não era fiado,
Ele ficava sempre muito zangado,
Quem mexesse com ele ficava magoado,
Tinha certo momento que ele ficava intuado,
Ele levantava muito cedo sempre atordoado.
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Chico Tripa tinha momento de alucinação,
Ele ficava vendo coisa na imaginação,
Na realidade não existia só na sua visão,
Muitas pessoas o didiam ele está muito doidão,
O seu amigo do álcool de nome Raimundão,
Era quem sempre lhe dava a mão,
Já sabia dos momentos de pertubação,
Pelo o motivo do álcool sem moderação,
Ele dizia que a polícia estava na sua perseguição,
Estava atrás dele com fuzil na mão,
Mas, tudo isso não passava de uma ficção,
Do efeito da cachaça no fígado já tinha corrosão.
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Chico Tripa no álcool sempre conservado,
Igual a cobra de farmácia, isso diariamente,
A aguardente sua companheira gentilmente,
Consumo excessivo já causou cirrose no fígado,
Para ele não importava sofrimento futuramente,
Quer é satisfazer o vício fortemente,
No vai-vem sempre tomando um bocado,
Ele quer satisfazer o desejo que vem na mente,
Pois, ele jamais despreza a aguardente,
Amanhece o dia tremendo, triste e encabulado,
Logo toma uma dose levemente,
Pois, isso ele faz todos os dias frequentemente.
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Chico Tripa no bolso conduzia uma garrafinha,
Além das doses também às vezes celular,
Fazia ser nos bares ou no seu habitar,
Muitos diziam que ele comia com farinha,
Podia ser em qualquer ambiente que frequentar,
Sempre com os amigos do mel queria blindar,
Ele dizia que era o rei e a cachaça a rainha,
Ao amanhecer tomava dose para ir trabalhar,
Dizia ia criar coragem de o trabalho enfrentar,
Caí aqui caí a colar era assim que ia e vinha,
Final do dia de tanto beber mal podia caminhar,
Todos os dias no dia seguinte vinha continuar.
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Ele dizia que lhe chamavam de cachaceiro,
Dizia ele é quem fabrica, eu sou consumidor,
Isso porque ele sempre bebia o dia inteiro,
Que era para vender nos bares ao frequentador,
Muitas vezes caía nas calçadas ou canteiro,
Pois, ali mesmo ele fazia seu dormidor,
Provoca vômito em cima ficava o mosqueiro,
Às vezes aparecia um orientador,
Mas, ele não aceitava conselho era bonequeiro,
Decorrer do sono pesadelo era seu despertador,
No transcurso do dia por ficar sem sombreiro,
Sempre aparecia um para ser seu protetor.
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Ele dizia que a cachaça era para gente,
Não era para cachorro ou qualquer animal,
Bebia porque gostosava em qualquer ambiente,
Era respeitador, não era fazer o mal,
Nos bares, qualquer ponto que fosse frequente,
Para ele tudo na paz e normal,
Se estava na chuva ele bebia para ficar quente,
No sol ele bebia por rotineiro e informal,
Tando bebia bebida gelada ou quente,
Sempre bebia ou que fizesse bem ou mal,
Se ficasse sem aguardente ficava uma serpente,
Ele dizia precisava beber pois, era um racional.
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Chico Tripa no transcurso dos anos fica inchado,
Não só ps pés, rosto, barriga e o fígado,
Por motivo da droga que ele era dominado,
Mas, não deixava o vício o qual era utilizado,
Deixava de comer preferia droga como viciado,
Embora não fosse proibida, mas era prejudicado,
Pois, consumia o vício não era alternado,
Do amanhecer ao anoitecer sem continuado,
Conhecia a melhor cachaça sempre atualizado,
Embora pensasse assim, mas estava enganado,
Poiks, não tem cachaça boa pode ficar informado,
É droga que ofende a saúde é fato consumado.
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Chico Tripa mesmo começando beber de pouco,
Pois, não ficou bom em nenhum momento,
Atinge as fases da embriaguez sem argumento,
Que são as fases do macaco, leão e do porco,
Fase do macaco alegre e ainda com sentimento,
Ficando buliçoso, pulando sem constrangimento,
Fase do leão querendo briga parece um louco,
Fase do porco sujo rola no chão todo momento,
Ficando em porcalhão a sujeira é um tormento,
Pela amanhã a do macaco não demora pouco,
A tarde atinge fase do leão não há sentimento,
A noite é a do porco sempre caindo no relento.
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Chico Tripa era econômico em roupa e sabão,
Era uma raridade ele usar roupa e sim, só calção,
Calção esse que estava mais para um cueção,
Ele não se sentia ofendido de reclamação,
Calçado usava o do galo que é pé no chão,
Banho quando os colegas lhe davam empurrão,
Jogando na água para que ele tirasse o casção,
Isso tanto fazia ser no inverno ou verão,
Pois, ele vendia peixe o fedor era continuadeo,
Além de peixe vendia buchada e camarão,
Dizia que não fazia o mal era de bom coração,
Pois, sempre trabalhava para o ganho pão.
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Dizia que tem amigos não gostam de desgraça,
Os que não eram dominados pela a cachaça,
De tanto beber para ele a morte era ameaça,
Os amigos diziam olhe essa sua couraça,
Pelo efeito do álcool a pele estar só fumaça,
Pois, já estar cinzenta perdendo a graça,
Demonstra pela cor da pele homem sem raça,
Ele dizia não importa que eu beba o que eu faça,
Chico Tripa era muito conhecido na praça,
Ele não ligava pelos conselhos e ameaça,
Era frequentador nos bares na Praça da Graça,
Ponte certo com os amigos na praça ou barraca.
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A panelada era a predileta na sua alimentação,
Um dia com um amigo do mesmo quarteirão,
Em direção ao aposento localizado no galpão,
Chico Tripa com bucho e tripa na mão,
Levava uma panelada para sua refeição,
Chegando com amigo no local faz a dispersão,
Joga as tripas e buchado em um panelão,
Sem lavar com sujeira em toda proporção,
O amigo pediu que fizese a escovação,
Diz ele é como estar para engrossar o caldão,
Quando já cozida pronta para refeição,
Chico Tripa como sozinho a fedição.
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Chico Tripa dizia que cachaça servia para tudo,
Para achar óculos e pedir moça a casamento,
Que tinha um comerciante que bebia tudo,
Um dia perdeu o óculo para ele foi um tormento,
Toma uma dose levanta a cabeça enxerga tudo,
Além de o óculo ver o teto do estabelecimento,
Ficou feliz de ter encontrado o óculo, sobretudo,
Ter amenizado prejuízo e saído do pensamento,
Rapaz a pedir a moça não sabia se era sortudo,
Tomava uma dose ao pedir a moça a casamento,
Para perder o medo e enfrentar tudo,
Mas, hoje isso não é mais constrangimento.
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Chico Tripa dizia que o bêbado Deus perdoa,
Que Deus sabençoo quando andava no mundo,
Já o jogador de jogo de azar Deus amaldiçoa,
Dizem que Deus e São Pedro andava no mundo,
Encontra um bêbado agitado Deus abençoa,
O bêbado estava zangado alteração profunda,
Seguida uma mesa de baralho Deus amaldiçoa,
Os jogadores ligados no jogo no azar oriundo,
São Pedro reclama de Deus o bêbado abençoa,
Naquele momento que andava no mundo,
E também dos jogadores de baralho amandiçoa,
Mesmo Deus tendo um saber profundo.
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Deus diz o bêbado é uma pessoa do bem,
Faz isso porque está nervoso e estressado,
Mas, ele não faz o mal a ninguém,
Os jogadores têm mau comportamento pensado,
Tem pensamento de fazer mal a alguém,
Até os próprios colegas do jogo são utilizado,
Querendo roubar os colegas também,
Os mesmos não têm piedade estão infernizado,
Pensamento dos mesmos não escapa ninguém,
A má conduta dos jogos de azar vem do passado,
Deus protege o inocente e o bêbado também,
A proteção de Deus já vem do passado.
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Chico Tripa era apropriado para fazer mandado,
Sempre no ponto percorria toda área da cidade,
Pois, ele cumpria o dever com pontualidade,
Ele tinha vida sofrida, mas era conformado,
Ele era alcoólica, mas tinha responsabilidade,
Apesar de sórdido, mas ele sentia felicidade,
Com decorrer dos anos Chico ficou deformado,
Ele ficou com aparência de mais velha idade,
Tudo isso pelo efeito da bebida na continuidade,
Aspecto de um homem doente desbotado,
Consumo excessivo trousse a sua infelicidade,
Ele sentia o prazer de consumir com facilidade.
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Chico Tripa dominado pela droga ardente,
Logo de início ele nunca dominou a aguardente,
Dita cachaça quem lhe dominava permamente,
Consumo era divertimento, isso em sua mente,
Chico Tripa era admirador da droga infelizmente,
Na sua vivência ele se enganou frequentemente,
Droga que veio destruir o corpo ultimamente,
Chico no efeito do álcool ficava alegremente,
É enganação como é de conhecimento da gente,
Consumo em demasia do álcool continuamente,
Casou morte de Chico Tripa antecipadamente,
O que faz consumo do álcool demasiadamente.
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COMENTÁRIO DO AUTOR
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O álcool é uma droga que não é ilícita (não é proibida), mas já causou muita desordem na sociedade em todos as classes sociais; como exemplo do efeito do álcool: traição, ciúme, separação de casal, depressão, perda de amigo, revelado segredo que devia ser revelado, baderna, suicídio, homicídio e outras causas como é de conhecimento da população. Essa droga aos poucos está sendo proibida; como exemplo, ao exercer certas atividades, como dirigir tendo ingerido bebidas alcoolica; pelo o efeito do consumo do álcool tem causado vários acidentes. Como se ver diaramente a divulgação através da imprensa, vem acarretando alto índice de acidentes no trânsito, e demais doenças e morte cuasada pelo o álcool, alto custo para o governo através do atendimento pelo SUS e demais entidade conveniadas.
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Santa Quitéria, Ceará - Brasil, 30 de abril de 2012. Autor: Pascoal Rodrigues de Mesquita (Pasromes)


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